“As potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, achavam que haviam vencido a Guerra Fria e tinham o direito de determinar de forma independente como o mundo deveria se organizar. A expressão prática dessa visão de mundo foi o projeto de expansão ilimitada no espaço e no tempo do bloco do Atlântico Norte […]. Nossas perguntas justas foram respondidas com desculpas no espírito de que ninguém vai atacar a Rússia e que a expansão da OTAN […] não é dirigida contra a Rússia.”
Vladimir Putin ainda lembrou como, “há dois anos, na cúpula da OTAN em Madri, eles anunciaram que a aliança agora lidará com questões de segurança. Não apenas na região euroatlântica, mas também na região da Ásia-Pacífico. Eles dizem que não podem ficar sem eles lá também. Obviamente, por trás disso está uma tentativa de aumentar a pressão sobre os países da região cujo desenvolvimento eles decidiram restringir. Como vocês sabem, nosso país, a Rússia, está no topo dessa lista”.
Sobre as Forças Armadas da Rússia, o presidente da Rússia garantiu que várias opções estavam em cima da mesa, mas não havia discussão de tomar Kiev no início de 2022.
O presidente russo declarou que para um cessar-fogo e início das negociações é preciso que Kiev retire as tropas das regiões russas de Kherson, Zaporozhie, Donetsk e Lugansk e oficialmente declare que não tem planos de aderir à OTAN.
Ele sublinhou que se trata não de um congelamento mas sim de um fim completo do conflito. A Rússia hoje faz mais uma proposta de paz, mas, se o Ocidente e Kiev recusarem, seguirão sendo responsáveis pelo derramamento de sangue, destacou o presidente.
Ele defendeu que “nossa posição de princípio é a seguinte: o status neutro, não alinhado e não nuclear da Ucrânia, sua desmilitarização e desnazificação. Ainda mais porque esses parâmetros foram geralmente acordados durante as negociações de Istambul em 2022″.
Fonte: Site Sputnik / Foto: Aleksei Maishev