A LIGAÇÃO NÃO REPUBLICANA DE UM TOPETE COM UM CAPÔ DE FUSCA
Por Redação Gazeta Gaúcha
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Pelotas RS
Foto: Foto Internet
Caído de paraquedas no mais alto cargo político do Brasil, Itamar Franco foi o presidente da República durante os anos de 1992 e 1995, vindo a falecer em 2011, aos 82 anos de idade.
Foi engenheiro, militar e político, com atuação destacada, alcançou o cargo de senador. Com uma séria e competente carreira no Congresso Nacional, formou chapa com Fernando Collor de Mello como o vice, chegando ao poder nas eleições de 1990.
Com o impeachment do então presidente alagoano, o cargo da presidência passou às suas mãos, ficando seu mandato conhecido como a “República do pão de queijo”, pelo fato de que inúmeros ministros serem oriundos do estado de Minas Gerais.
Durante o mandato de Fernando Collor, este pronunciou a célebre frase: “os carros brasileiros são verdadeiras carroças”. A questão dos veículos automotores era somente uma das divergências entre a dupla, tendo em vista que Itamar Franco era fervoroso fã do automóvel Fusca, com último exemplar produzido pela Volkswagen do Brasil no ano de 1986.
O relançamento do xodó brasileiro no mandato de Itamar foi um exemplo de fabricação de um produto pelo qual já não oferecia avanços tecnológicos aos consumidores, mas ao contrário, tornara-se obsoleto, sendo motivo de chacota pela crítica automotiva.
Por outro lado, havia na figura do ex-presidente uma caraterística ímpar: o TOPETE! Era tratado com muito esmero a sua estampa, sendo percebido como traço marcante.
Entretanto, voltamos a falar sobre o Volks mais querido do Brasil, em especial o “capô do Fusca”. Em seu sentido figurado, ilustra a semelhança entre a genitália feminina e o acessório do carro em questão.
Para juntar as duas peças, o topete e o capô do Fusca, nada melhor que a maior festa brasileira: o carnaval. Nesse evento, no ano de 1994, muita folia, cerveja e mulheres exuberantes permeavam o camarote presidencial na Marquês de Sapucaí.
Muitos “paparazzis” se amontoavam para obter as melhores fotos do evento. A festa corria solta, por um mínimo instante, num momento de descontração, exsurge a foto exclusiva! Essa imagem foi comentada por muitas décadas, tanto é verdade que estamos falando sobre ela até os dias atuais.
Com as mão entrelaçadas, o “topete” e o “capô do Fusca” ganharam a fama nacional, sendo que os tablóides ficaram em festa. Esse foi um escândalo que abalou a República ao ritmo de samba, demonstrando que muitas vezes a República vem a ser manchete não por ofertar melhoras de vida para a população, mas por atitudes não pensada pelos governantes e seus assessores.
No caso em questão, o ex-presidente Itamar não deixou grandes obras, mas ficou marcado pela eternidade ao som de uma marcha de carnaval que uniu o topete esvoaçante com o belo “capô do Fusca”.