Projeto de instalação do Centro de Referência em Geociências (CRG) é aprovado
O Serviço Geológico do Brasil (SGB), do Ministério de Minas e Energia (MME), avança em mais uma etapa para a consolidação do maior projeto de geociências do País, com a aprovação do projeto de edificação e instalações do Centro de Referência em Geociências (CRG), que faz parte do Complexo Científico e Cultural da Urca, no Rio de Janeiro. A informação foi anunciada nesta quarta-feira (17), pelo SGB, que informou que a aprovação foi feita na sexta-feira (12/01),
O Centro de Geociências Aplicadas (CGA) conduzirá uma variedade de projetos de pesquisa científica, abrangendo diversas áreas das geociências, com destaque para a melhoria do conhecimento geológico básico e do potencial mineral e energético brasileiro, com foco nos minerais críticos para a transição energética.
Para o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo, esse é mais um importante passo para o avanço do Complexo Científico e Cultural da Urca. Além disso, a aprovação das obras do CRG reforça a importância do projeto e traz, como expectativa, o aprofundamento dos estudos, visando melhorar o conhecimento geológico do país, que é crucial para aumentar o fluxo de novas descobertas minerais, fundamentais para a nossa economia e particularmente para a transição energética.
O CRG contará com laboratórios de ponta em várias frentes das geociências. Além de análises isotópicas em água, para auxiliar no seu uso sustentável, haverá um pool completo de microscopia e geocronologia de rochas. Os laboratórios contarão com espectrômetros de massa, de última geração, que realizarão a datação de diversos minerais, que auxiliarão no entendimento dos processos que formaram os depósitos minerais e as acumulações de óleo na margem brasileira. Clumped isotopes , termocronologia de baixa temperatura (traços de fissão e U-Th/He), além de U-Pb e Rb-Sr in situ são exemplos das análises que serão realizadas quando os laboratórios do CRG estiverem em funcionamento.
O Centro ainda contará com equipamentos de imageamento de amostras de alta resolução (MEV) e um laboratório completo de preparação de materiais geológicos.
O conceito técnico-científico do CRG foi elaborado pelas equipes técnicas do CENPES (Petrobras) e do SGB, com aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A instalação do prédio do CRG ocupará uma área total de aproximadamente 2.400 m², com um custo total estimado de R$ 71 milhões (sem reajustes inflacionários). A expectativa é que o CRG seja implementado cerca de 24 meses após a liberação dos recursos.
“Não podemos deixar de destacar que, além do aspecto científico, o Complexo Científico e Cultural da Urca será um novo polo para diversas exposições e espaços culturais. Isso ocorrerá em uma das regiões mais prestigiadas do Rio de Janeiro, um corredor turístico frequentado por milhares de pessoas diariamente, que visitam o complexo do Pão de Açúcar e a Praia Vermelha”, ressaltou Inácio.
Com a liberação do SIGITEC, a Petrobras sinaliza, de forma clara, seu compromisso com o SGB, através dos termos técnico-científicos essenciais para a atualização tecnológica do SGB. O CRG colocará o SGB no mesmo nível analítico dos principais serviços geológicos mundiais.
O diretor-presidente ressalta que as pesquisas científicas a serem desenvolvidas nos laboratórios do CRG serão essenciais para o desenvolvimento das geociências do país e certamente contribuirão para que novas descobertas minerais e energéticas sejam realizadas, ao mesmo tempo que mantemos nosso compromisso de contribuir para a descarbonização do planeta.
Os progressos no projeto foram alcançados graças ao comprometimento da atual administração do SGB e ao compromisso da Petrobras com o desenvolvimento científico e cultural do país, além da participação da ANP, que sempre apoiou a iniciativa da viabilização do Complexo Científico e Cultural da Urca, através dos projetos de PD&I.
Desde que assumiu a posição de diretor-presidente, Inácio Melo liderou esforços para destravar os projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), cujo investimento totalizará mais de R$ 249 milhões, representando a maior quantia já destinada ao SGB em uma única iniciativa.