Alckmin detalha Nova Indústria Brasil a Conselhos da Fiesp
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, detalhou os objetivos e ações da Nova Indústria Brasil (NIB) em reunião de Conselhos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta segunda-feira (19/02), ressaltando as ações dos quatro eixos principais da política industrial: inovação, produtividade, sustentabilidade e capacidade exportadora.
Alckmin destacou alguns dos principais programas da NIB em cada um dos eixos. Reforçou os incentivos em linhas de crédito especiais (TR+2%) e recursos não reembolsáveis para inovação. Em relação à indústria verde, detalhou iniciativas do governo para a transição energética, com o crescimento da produção de biocombustíveis.
“O grande desafio do mundo vai ser sustentabilidade. Como a gente pode produzir bem, barato e compensando as emissões de gás de efeito estufa. E aí o Brasil é campeão. Como diz o ministro Roberto Rodrigues, o Brasil é o grande protagonista dos três debates planetários: segurança alimentar, segurança energética e clima. Temos tudo para avançar na questão da indústria verde e descarbonização”, disse Alckmin.
Ele anunciou que, no próximo dia 1º de março, passará a valer o percentual de 14% de biodiesel misturado ao diesel, que atualmente está em 12%. “Com isso, diminuímos a importação de diesel, aumentamos o biodiesel, despoluindo e agregando valor à agroindústria”, explicou ele, lembrando que, no ano que vem, chegará a 15%.
Em relação à produtividade, Alckmin citou a chamada Depreciação Acelerada, programa que irá modernizar o parque industrial brasileiro.
Crédito para exportação — Sobre a ampliação da capacidade exportadora, defendeu a ampliação da indústria de valor agregado e a disseminação da cultura exportadora. “Há um entendimento errado, que precisamos desmistificar e explicar sobre crédito. Quando eu financio uma empresa para exportar, estou financiando emprego aqui dentro, fazendo com que ela sobreviva e cresça aqui dentro. E tem o FGE, o Fundo Garantidor de Exportação. Se não pagar, o FGE cobre. E a sinistralidade é mínima.”
Antidumping — O vice-presidente informou ainda que o governo irá acelerar a defesa comercial, lançando mão do instrumento de antidumping provisório. Isso significa que é possível aplicar medidas de defesa comercial antes do encerramento das investigações quando há indícios claros de que está ocorrendo a irregularidade. “Faremos isso sempre com muito critério. Mas quem estiver vendendo aqui no Brasil mais barato do que vende no país de origem nós aplicaremos as medidas”, afirmou.
Participaram do encontro, conduzido pelo presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, membros dos conselhos superiores, diretores dos departamentos, além de presidentes e delegados de sindicatos. O tema da reunião era “Produtividade e taxa de investimento”.
Por: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços