Brasil avança no turismo acessível com destinos adaptados

Por Redação Gazeta Gaúcha/ Brasília/

Foto: Divulgação

De norte a sul, cidades brasileiras investem em infraestrutura com rampas, audioguias, cadeiras anfíbias e atendimento especializado, garantindo experiências inclusivas para pessoas com deficiência.

Com infraestrutura adaptada e experiências inclusivas, o Brasil dá passos importantes para tornar o turismo acessível a todos os visitantes. De praias com cadeiras anfíbias no Nordeste a museus com audiodescrição no Centro-Oeste, iniciativas espalhadas pelo país mostram que inclusão e acessibilidade estão no centro do desenvolvimento turístico nacional.

O Mapeamento de Atrativos, Empreendimentos, Produtos e Serviços de Turismo Acessível do Ministério do Turismo, que traz informações como “O que é o Turismo Acessível”, “Critérios de Caracterização da Acessibilidade”, além de orientações gerais e específicas, ressalta o quanto é essencial garantir que a acessibilidade esteja presente em todas as etapas da experiência turística: desde a busca por informações e reservas até a experiência no destino. Adaptações como rampas, banheiros acessíveis, sinalização em braile, audioguias e atendimento treinado são fundamentais para atender ao conceito de turismo para todos.

Com o Programa Turismo Acessível, o Ministério do Turismo tem trabalhando para reforçar a importância da acessibilidade como um direito e uma oportunidade de desenvolvimento econômico e inclusão social, como destaca a Coordenadora de Turismo Responsável do Ministério do Turismo, Laís Campelo.

“Investir em turismo acessível não é apenas uma questão de inclusão, mas também de transformar destinos em espaços democráticos e acolhedores para todos. Além disso, é uma oportunidade de desenvolvimento econômico e social, ao atrair mais visitantes e gerar impacto positivo nas comunidades locais”, afirma.

O turismo acessível no Brasil está em crescimento, mostrando como a inclusão pode transformar a experiência turística. Em todas as regiões do país, exemplos de boas práticas são um convite para que mais empreendedores e gestores públicos se juntem a essa causa, promovendo viagens inclusivas para todos.

Conheça algumas delas:

Região Norte

• Parque Chico Mendes (Acre): Dispõe de trilhas adaptadas com cordas-guia para pessoas com deficiência visual.
• Balneário da Fazendinha (Macapá): Parte do projeto “Praia Acessível”, disponibiliza cadeiras anfíbias para o acesso à água.
• Museu da Cidade de Manaus (MUMA): Com a ferramenta “Giulia Mãos que Falam”, permite tradução de Libras em áudio e vice-versa, promovendo autonomia para pessoas surdas.
• Teatro Amazonas (Manaus): Oferece roteiro em Libras e tour virtual.
• Praia do Prata (Palmas): Cadeiras anfíbias são disponibilizadas, garantindo banho assistido para pessoas com deficiência.

Região Centro-Oeste

• Memorial JK (Brasília): Dispõe de piso tátil, audiodescrição, braile e banheiros adaptados.
• Planetário de Brasília: Com elevador acessível, sinalização tátil e banheiros adaptados.
• Praça dos Três Poderes (Brasília): Acesso sem degraus e estacionamento reservado para pessoas com deficiência.
• Museu Vivo da Memória Candanga (Brasília): Entrada livre de barreiras, audiodescrição e balcões acessíveis.

Região Nordeste

• Praia de Iracema (Fortaleza): Parte do programa “Praia Acessível”, conta com esteiras, cadeiras anfíbias e suporte para banho de mar.
• Pelourinho (Salvador): Calçadas adaptadas e guias para o público com deficiência visual.
• Instituto Ricardo Brennand (Recife): Possui rampas e infraestrutura que facilitam a circulação de cadeirantes.
• Projeto Tamar (Praia do Forte): Trilhas acessíveis e audioguias para visitantes.

Região Sudeste

Com destinos urbanos e naturais, o Sudeste investe na acessibilidade:
• Parque Ibirapuera (São Paulo): Oferece trilhas adaptadas e guias audiovisuais.
• Museu do Amanhã (Rio de Janeiro): Estrutura completamente acessível com rampas, elevadores e sinalização em braile.
• Aquário de São Paulo: Elevadores e experiências interativas com audiodescrição e Libras.
• Ouro Preto (Minas Gerais): Roteiros acessíveis em algumas igrejas e museus históricos.

Região Sul

• Parque Nacional do Iguaçu (Paraná): Passarelas acessíveis que permitem a visita às cataratas.
• Gramado (Rio Grande do Sul): Hotéis e atrações turísticas adaptados para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
• Jardim Botânico (Curitiba): Rampas e acessibilidade para visitantes com diferentes tipos de deficiência.

MAIS INCLUSÃO – Reconhecendo a importância da autonomia para as pessoas com deficiência, o Ministério do Turismo oferece cartilhas gratuitas visando a preparação dos prestadores de serviço para melhor atender a pessoa com deficiência, como as cartilhas “Turismo Acessível – Bem Atender no Turismo de Aventura Adaptada; “Turismo Acessível – Introdução a uma viagem de inclusão”; Turismo Acessível – Mapeamento e planejamento – acessibilidade em destinos turísticos”, dentre outros.

 

GUIA – O Ministério do Turismo conta com Guia que traz dicas de como atender bem turistas com deficiência. A publicação foi produzida em parceria com o Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência e com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Nele, o leitor pode entender os conceitos básicos sobre acessibilidade, desenho universal, exemplos de deficiência, capacitismo e dicas de como atender bem este público.