Central de atendimento do Estado faz intermediação de mais de 600 toneladas de doações

Em menos de uma semana de operação, a central de atendimento criada pelo governo do Estado para centralizar o recebimento de doações nacionais com carga superior a 1 tonelada (mil quilos) já intermediou 617 toneladas de donativos. Esse esforço visa auxiliar os municípios gaúchos severamente afetados pelas enchentes.

Em funcionamento desde de 13 de maio, o canal, disponível diariamente das 7h às 21h pelo telefone 0800 205 5151, registrou uma grande variedade de itens doados, incluindo kits de cesta básica, produtos de higiene e limpeza, roupas, calçados, cobertores, colchões e ração para pets.

Enviada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará, uma carga de 20 toneladas de donativos percorreu a maior distância no corredor de solidariedade criado em todo o país. Entre as doações destacadas, a maior carga única foi de 79 toneladas. Ela foi enviada de São Paulo e era composta por alimentos não perecíveis, colchões, produtos de limpeza, roupas femininas e itens de cama, mesa e banho.

“Esta estrutura tem sido essencial para melhor organizarmos as doações acima de 1 tonelada, direcionando os itens de grande volume e de qualquer tipo para os lugares que mais necessitam, da mesma forma que facilita os trâmites com os doadores”, explica o vice-governador Gabriel Souza.

Ele destaca ainda que a iniciativa, que tem apoio de empresas privadas para o funcionamento da central de atendimento, contribui para o encaminhamento mais adequado dos donativos para os centros logísticos do interior do Estado, que, operados pela Defesa Civil e por voluntários da Polícia Civil, distribuem conforme as demandas das regiões.

 Distribuição pelo RS 

A maior parte das doações está sendo encaminhada para Passo Fundo e Santa Maria, que funcionam como centros de distribuição para as áreas mais afetadas. A estratégia de centralizar o recebimento em hubs regionais visa agilizar a distribuição e garantir que a ajuda chegue rapidamente às comunidades que mais precisam.

“A abertura desse canal de doações foi fundamental para coordenar de forma eficiente o fluxo de ajuda humanitária destinada às áreas severamente afetadas pelas enchentes. O call center se revelou uma ferramenta indispensável, permitindo uma resposta rápida diante da emergência enfrentada por nossas comunidades”, frisa o coordenador do Comitê de Logística e secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini.

Parcerias 

A viabilidade da central de atendimento 0800 foi possível graças a uma parceria com a empresa Claro, que forneceu o número de telefone e a equipe de atendimento necessária para operar o call center. A colaboração entre o setor público e privado tem sido fundamental para o sucesso dessa operação de logística emergencial.

Centro de Apoio em Passo Fundo 

Em Passo Fundo, cerca de 400 carretas com doações chegaram ao Centro de Apoio ao Estado na última semana. Os carregamentos eram de vários locais, inclusive de outros estados do Brasil, como Goiás, que já enviou 290 toneladas de donativos em 15 carretas. Os donativos que o centro mais precisa no momento são: cestas básicas, produtos de higiene e limpeza, colchões e cobertores. No momento, o espaço possui grande quantidade de roupas para doação.

Localizado na ERS 324, no bairro Valinhos, o espaço funciona como centro de distribuição. As doações chegam ao local e de lá partem para as demais regiões do Estado, conforme os pedidos recebidos via central. O horário de funcionamento é das 8h às 18h. O descarregamento de carretas deve é feito até até as 16h.

 O assessor especial do Gabinete do Governador e coordenador do centro, Mateus Wesp, explica que há uma logística criada no quartel do 3º Regimento de Polícia Montada (RPMon) que centraliza o fluxo de doações. “Vivemos uma onda de solidariedade em prol dos gaúchos vinda de todos os cantos. As carretas que chegam aqui são a prova disso. Por isso, organizamos a melhor logística possível para atender a todos. Contamos muito com o trabalho dos voluntários que nos auxiliam nas operações de carregamento e descarregamento”, comenta.

Texto: Julia Soares e Jéssica Moraes/Ascom Sict
Edição: Anelize Sampaio/Secom RS