Governador abre ciclo de debates da Fundação FHC com palestra sobre política de reestruturação do Estado

O governador Eduardo Leite foi o primeiro palestrante do ciclo de debates “O Brasil na visão das lideranças públicas”, promovido pela Fundação Fernando Henrique Cardoso (FHC), em São Paulo. O evento reuniu na sede da entidade, nesta segunda-feira (26/2), políticos, empresários, jornalistas e profissionais do mundo jurídico para dialogar sobre os desafios para o desenvolvimento do país.

“Quanto mais ousado quiser ser um governo, mais política ele vai precisar fazer. Se quiser deixar legado para o futuro, será necessário mexer nas estruturas, o que certamente vai gerar reações. Se não se fizer política com diálogo, alianças para minimizar os conflitos que irão resultar em prejuízos para sociedade, não se alcançarão os resultados”, afirmou o governador.

Leite detalhou que a agenda de reformas e ajuste fiscal colocada em prática no primeiro mandato resultou no reequilíbrio das contas públicas e na retomada da capacidade de investimentos, em montante que superou R$ 8 bilhões entre 2021 e 2023.

O governador ressaltou a agenda da educação como prioridade para o segundo mandato, com uma série de iniciativas tanto para melhorias de estruturas quanto para ampliação da qualidade do ensino no Estado. Ele apresentou os avanços obtidos na área da segurança pública, com a redução dos indicadores de criminalidade a partir do Programa RS Seguro.

Leite na Fundação FHC
Governador ressaltou a agenda da educação como prioridade, com iniciativas para melhorias de estruturas e da qualidade do ensino – Foto: Gustavo Mansur/Secom

Leite também comentou sobre os desafios para dar continuidade ao equilíbrio fiscal, assegurando a recomposição de receitas para fazer frente ao déficit previdenciário e o pagamento da dívida com a União. Conforme afirmou, a solução passará necessariamente pelo diálogo político com negociação para o melhor resultado à sociedade.

“Precisamos resgatar a confiança na política e desfazer a noção de que a direita é eficiente e apenas a esquerda tem sensibilidade social. O Brasil precisa de um centro que concilie eficiência da máquina pública com proteção social e respeito à diversidade”, finalizou.

Também participaram do encontro o ex-ministro das Relações Exteriores e presidente do Conselho da Fundação FHC, Celso Lafer, e a economista e vice-presidente de Novos Negócios da B3, Ana Clara Abraão. A mesa foi mediada pelo cientista político Sérgio Fausto.

Texto: Secom
Edição: Camila Cargnelutti/Secom/ Fotos: Gustavo Mansur/ Secom