Índice do Banco Central registra alta de 3,8% na atividade econômica em 2025
Por Redação Gazeta Gaúcha/
Portal/ GZ1.com.br/ Brasília DF/
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IBC-Br, considerado a “prévia” do PIB, agora divulgado com dados setoriais, mostra expansão no primeiro bimestre e alta de 0,4% em fevereiro. Acumulado em 12 meses é de 4,1%
Com uma novidade, o Banco Central (BC) divulgou nesta sexta-feira (11) o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente ao mês de fevereiro de 2025. Será a primeira vez que o banco publicará, além do tradicional indicador agregado, a abertura setorial do índice.
Em fevereiro deste ano, na comparação com janeiro, o IBC-Br registra crescimento de 0,4% na atividade econômica. Nos dois primeiros meses de 2025, o crescimento da economia foi de 3,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses (fevereiro a fevereiro), a alta é de 4,1%. O índice do Banco Central é considerado a prévia do PIB, indicando tendência para o ano.
O crescimento em fevereiro foi puxado pela atividade agropecuária, que somou 5,6% de crescimento, compensando queda de 0,8% na indústria e crescimento tímido de 0,2% em serviços.
O banco também informa, como inovação na forma de apresentar os resultados do levantamento, a divisão dos resultados por setores econômicos.
Foram divulgadas as seguintes séries sem e com ajuste sazonal:
• IBC-Br;
• IBC-Br Agropecuária;
• IBC-Br Indústria;
• IBC-Br Serviços;
• IBC-Br Impostos;
• IBC-Br Ex-Agropecuária.
Modus operandi
Todas as séries têm início em janeiro de 2003, como já ocorre com o IBC-Br. Seus números-índice terão como base o ano de 2022 (que terá média 100), o que representa uma mudança em relação ao IBC-Br divulgado até março de 2025, que até então tinha como base o ano de 2002.
Essa mudança de ano-base também será aplicada aos indicadores da família do Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central (IBCR) a partir da divulgação dos dados de fevereiro, em 16 de abril. Tal alteração no ano-base não afeta as taxas de variação dos indicadores de atividade econômica.
Chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Ricardo Sabbadini comentou sobre a relevância da divulgação das aberturas setoriais do IBC-Br.
“Ela é importante por disponibilizar séries mensais dos três grandes setores econômicos, que são calculadas agrupando um amplo conjunto de informações de diferentes fontes, o que deve ter grande valor para todo o público que hoje já consulta o IBC-Br”, disse Ricardo Sabbadini, Chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC.
Transparência
As séries foram divulgadas nos mesmos locais do site do BC em que o IBC-Br já é publicado. Elas estão disponíveis na Tabela 1 dos Indicadores Econômicos Selecionado s e no Sistema Gerenciador de Séries Temporais do BC (SGS) .
No SGS, as séries foram divulgadas com os seguintes códigos:
• IBC-Br sem e com ajuste sazonal (24363 e 24364, mesmos códigos já utilizados);
• IBC-Br Agropecuária sem e com ajuste sazonal (29601 e 29602);
• IBC-Br Indústria sem e com ajuste sazonal (29603 e 29604);
• IBC-Br Serviços sem e com ajuste sazonal (29605 e 29606);
• IBC-Br Ex-Agropecuária sem e com ajuste sazonal (29607 e 29608);
• IBC-Br Impostos sem e com ajuste sazonal (29609 e 29610).
Um resumo da metodologia utilizada para a produção desses indicadores, as especificações empregadas no ajuste sazonal das novas séries e a atualização da especificação para o ajuste sazonal do IBC-Br estão disponíveis nos metadados das séries no SGS. Informações adicionais sobre o IBC-Br e seus componentes podem ser encontradas em boxes das seguintes edições do Relatório de Inflação (que, a partir de 2025, passou a se chamar Relatório de Política Monetária): março de 2010 , março de 2016 e março de 2018 .
Limitação
Sabbadini explica que, apesar de a base metodológica do cálculo do IBC-Br e de seus componentes ter como referência o Sistema de Contas Nacionais (SCN) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as séries do IBC-Br são calculadas a partir de um conjunto mais restrito de informações e, consequentemente, são menos abrangentes do que as Contas Nacionais Trimestrais (CNT), também do IBGE, que são a principal referência de mensuração da atividade econômica em frequência trimestral.
Além disso, caso as novas séries dos componentes setoriais do IBC-Br sejam comparadas às séries equivalentes das CNT, espera-se que as diferenças sejam maiores do que na comparação entre o IBC-Br e o Produto Interno Bruto (PIB).
“Mesmo assim, a publicação mensal do IBC-Br e de seus componentes, com frequência de cerca de 45 dias após o mês de referência, contribui para uma avaliação mais tempestiva da evolução da atividade econômica”, concluiu o servidor do BC.