Mulher vítima de violência doméstica terá prioridade em cirurgia reparadora

As mulheres em situação de violência doméstica passaram a ter prioridade na assistência e no atendimento no SUS para cirurgias plásticas reparadora em casos de sequelas de lesões causadas por violência doméstica. A Lei 14.887, que determina essa medida, foi publicada nesta quinta-feira (13/6), no Diário Oficial da União, com assinatura do presidente da República em exercício, Geraldo Aclkmin, do ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos) e das ministras Simone Tebet (Planejamento) e Nísia Trindade (Saúde).

A Lei 14.887 altera um trecho da Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006). A partir de agora, o nono artigo passa a vigorar com as seguintes alterações: “A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada em caráter prioritário no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema Único de Segurança Pública (Susp), de forma articulada e conforme princípios e diretrizes previstos na Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (Lei Orgânica da Assistência Social), e em outras normas e políticas públicas de proteção, e emergencialmente, quando for o caso”.

Já o art. 3º da Lei !3.239, de 30 de dezembro de 2015, que dispõe sobre a oferta e a realização, no âmbito do SUS, de cirurgia plástica reparadora de sequelas de lesões causadas por atos de violência contra a mulher, passa a vigorar acrescido da seguinte determinação: “A mulher vítima de violência terá atendimento prioritário entre os casos de mesma gravidade”.

POLÍTICA NACIONAL – No dia 8 de março deste ano, o Governo Federal lançou um amplo  pacote de políticas voltadas para mulheres em meio às celebrações do Dia Internacional das Mulheres. Entre as medidas anunciadas estava o lançamento da Política Nacional de Enfrentamento à Violência Política contra as Mulheres.
A política tem por finalidade estabelecer conceitos, princípios, diretrizes e ações de prevenção e combate à violência contra as mulheres, assim como de assistência e garantia de direitos às mulheres em situação de violência, conforme normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e legislação nacional.

 

Fonte: EBC / Foto: EBC