Nova campanha do Ministério da Saúde estimula vacinação para toda vida

Por Redação Gazeta Gaúcha/ Brasília/

Vanessa Rodrigues/ MS/ Foto: Divulgação

Campanha será dividida em fases. Na última terça-feira (3), a fase de conscientização sobre a coqueluche foi ao ar nas mídias de comunicação.

A vacinação é reconhecida como uma das estratégias mais eficazes de saúde pública, contribuindo para prevenir doenças graves, proteger comunidades inteiras e fortalecer a saúde coletiva. Nesse cenário, o Ministério da Saúde lança campanha de comunicação com o tema “Vacinação de rotina: vacina é pra toda vida” . O objetivo é continuar alcançando altas coberturas vacinais, garantindo proteção individual e coletiva contra diversas doenças. A campanha será veiculada em TV, rádio, mídia exterior em lugares de grande circulação de pessoas, em portais online, além de redes sociais.

A vacinação de rotina é fundamental para a proteção continuar ano após ano e contribui para o avanço da eliminação, controle e prevenção de doenças imunopreveníveis como poliomielite , sarampo e rubéola . O Brasil possui o maior programa de vacinação do mundo, com mais de 300 milhões de doses aplicadas por ano. Ao todo, o Ministério da Saúde fornece mais de 30 vacinas gratuitas à população brasileira por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) . Desde o início da atual gestão, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem avançado para proporcionar melhor qualidade de vida à população com a prevenção de doenças.

As vacinas podem ser encontradas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todo o país, garantindo acesso em todas as fases da vida, desde a infância até a terceira idade. “A vacinação é a prioridade máxima do Ministério da Saúde, o que reflete nos nossos números. O aumento da cobertura continua sendo uma realidade. Não se pode falar de desabastecimento de vacina no Brasil”, destacou a ministra Nísia Trindade.

Coqueluche

A nova campanha do Ministério da Saúde será dividida em fases, conscientizando a respeito da imunização para coqueluche , poliomielite, sarampo e tétano. Na última terça-feira (3), a fase de coqueluche já foi ao ar nas mídias de comunicação .

A coqueluche começa como um resfriado comum, com febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Gradualmente, a tosse se torna mais intensa, podendo causar vômito e dificuldade de respirar. Justamente por isso, crianças menores de seis meses são mais propensas a formas graves da doença, que podem evoluir para pneumonia, parada respiratória, convulsões e desidratação. Em 2024, o Brasil já registrou 13 óbitos pela doença, todos em crianças menores de um ano de idade.

A vacinação é a principal forma de prevenção contra coqueluche. No SUS, em atenção ao Calendário Nacional de Vacinação , ela é oferecida para crianças a partir de 2 meses de vida até menores de 7 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias pós-parto) não vacinadas durante o período gestacional e para grupos prioritários: profissionais da saúde, parteiras tradicionais e estagiários da área da saúde.

Para crianças menores de 7 anos de idade o esquema primário recomendado é composto por três doses da vacina penta (aos 2, 4 e 6 meses de vida), com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias (em situações especiais). Reforços estão recomendados aos 15 meses (1º Ref.) e aos 4 anos (2º Ref.), com a vacina tríplice bacteriana infantil (DTP).

Para as gestantes, é indicado uma dose da vacina tríplice bacteriana acelular – tipo adulto (dTpa), a cada gestação, a partir da 20ª semana gestacional, com o objetivo de promover a imunização passiva (passagem de anticorpos por via transplacentária da mãe para o feto) dos recém-nascidos, nos primeiros anos de vida, até que o bebê possa iniciar a sua vacinação.

Para pessoas que apresentam condições clínicas especiais, outras vacinas contra a coqueluche também são disponibilizadas nos Centros de Referências para Imunobiológicos Especiais (CRIE), conforme recomendações do Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais.

Movimento Nacional pela Vacinação

Em 2023, o governo federal lançou o Movimento Nacional pela Vacinação , para retomar e fortalecer a confiança na ciência, no SUS e nas vacinas. Graças ao esforço do movimento, ainda em 2023, 13 das 16 vacinas do calendário infantil registraram aumento de cobertura. Os avanços brasileiros também fizeram com que o Brasil saísse do ranking dos 20 países com mais crianças não imunizadas do mundo. Em 2021, o Brasil ocupava o 7º lugar nesse ranking e, desde 2023, não faz mais parte da lista.

O Ministério da Saúde também atua para combater as fake news por meio do programa Saúde com Ciência . A iniciativa busca identificar e mitigar os efeitos da desinformação, promovendo informações confiáveis sobre o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e políticas de saúde pública. Com o apoio de diversas entidades governamentais, o programa estabelece estratégias para neutralizar o impacto das notícias falsas e fortalecer a confiança na vacinação.

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