Paulo Pimenta: ‘Prioridade do Governo Federal hoje está voltada para o RS’
O trabalho da força-tarefa do Governo Federal, montada na Santa Maria para acompanhar os efeitos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, foi um dos temas do Bom Dia, Ministro desta sexta-feira (3/5), que recebeu o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.
O ministro, que esteve na comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que esteve na quinta-feira (2/5) para acompanhar de perto a situação das vítimas no estado, deu um panorama sobre as ações do Governo Federal de socorro e o trabalho de resgate da população atingida, que conta com a atuação de mais de 600 integrantes das Forças Armadas, botes salva-vidas, caminhões e o mínimo de 8 helicópteros.
“Todo nosso foco agora está voltado para o resgate. Nós temos ainda centenas de pessoas que estão ilhadas. Infelizmente as condições climáticas dificultam muito o trabalho. Nós estamos 100% focados nesse trabalho. Essa é a orientação do presidente Lula, que não faltem recursos, que não faltem efetivo, total suporte. Prioridade da ação do Governo Federal hoje está voltada para o Rio Grande do Sul”, afirmou o ministro Paulo Pimenta
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Até a manha desta sexta-feira, as chuvas no estado provocaram a morte de 31 pessoas. Outras 74 estão desaparecidas. Mais de 350 mil pessoas foram afetadas, com 154 cidades em situação de calamidade e 235 municípios afetados. Os números são da Defesa Civil estadual. 141 pontos de rodovias estaduais e federais estão interrompidas. Com isso, algumas cidades já estão sem combustível e com desabastecimento de água e alimentos. Médicos e ambulâncias também não conseguem chegar nas cidades.
“Infelizmente, nós estamos diante da maior catástrofe meteorológica da história do Rio Grande do Sul. Nós tivemos uma situação muito grave no estado em setembro do ano passado, mas com certeza este fenômeno vai ultrapassar em termos de gravidade, e muito, aquilo que aconteceu em setembro. Continua chovendo. Há uma perspectiva que esta chuva em algumas regiões permaneça ate o próximo domingo”, disse o ministro.
Provas do Concurso Nacional Unificado no RS
Em função das chuvas, o ministro explicou que o governo estuda uma possibilidade sobre as provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) no estado. Paulo Pimenta afirmou que uma reunião na noite de ontem com integrantes do governo começou a discutir o assunto, e que o compromisso do governo é que ninguém seja prejudicado.
Segundo o ministro, existem 86 mil pessoas inscritas para o concurso em todo o Rio Grande do Sul e as provas vão ocorrer em 10 cidades. Desse total de inscritos, 21 mil vão precisar se deslocar para cidades onde as provas ocorrerão, e cerca de 6 mil estão em municípios em situação de emergência ou sem acesso às cidades onde as provas vão ser realizadas.
“A princípio, a ideia de suspender o concurso só para o Rio Grande do Sul, do ponto de vista jurídico, é muito questionável. Ninguém pode deixar de participar do concurso porque está numa cidade em situação de emergência, ou está numa cidade que o bloqueio impede o acesso a uma cidade onde vai ter a prova”, disse o ministro. Segundo ele, o assunto será observado e discutido ao longo do dia assunto do ponto de vista jurídico, para se verificar necessidades no caso do Rio Grande e, na realização como um todo, se garantir a segurança necessária para não comprometer a situação dos demais inscritos.
“Muitas das pessoas já se deslocaram, já estão na cidade onde vai acontecer a prova. As provas já estão nos estados, existe toda uma logística de distribuição. Então é uma decisão que envolve vários aspectos, mas a garantia é que ninguém do estado do Rio Grande do Sul será prejudicado, ninguém será impedido de participar do concurso”, afirma Pimenta. “Se não puder fazer a prova do domingo, nós vamos ter que construir uma outra alternativa. O que nós também estamos buscando é uma segurança jurídica. Até o início da tarde a gente precisa ter uma orientação definitiva sobre a realização do concurso.”
Transparência
Durante o bate-papo com radialistas de várias regiões, o ministro abordou medidas tomadas pelo Governo Federal para promover a transparência sobre a execução de ações e programas. Na quarta-feira (1º/5) foi lançada a campanha Fé no Brasil, de abrangência nacional. “É uma campanha de entregas. Uma campanha que vai mostrar tudo aquilo que o governo está fazendo, em todas as áreas. A campanha vai ter uma segunda etapa, que vai ser regionalizada. Nós vamos ter um conteúdo específico para cada estado. Com sotaque local, com a regionalização, que é uma caraterística da nossa Secom. Uma coisa que para nós é muito importante é a informação”, afirmou.
Paulo Pimenta aproveitou para falar de outras 2 ferramentas de transparência: o canal do Governo do Brasil no WhatsApp e o ComunicaBR.
O canal, lançado em setembro do ano passado, permite que um número ilimitado de usuários receba, diariamente, informações exclusivas, como lançamentos ou atualizações de política públicas, pronunciamentos de autoridades e ações emergenciais, como ocorre no momento no Rio Grande do Sul.
“30 mil pessoas por dia começam a seguir esse canal. Já é um dos canais de maior sucesso do país. Você vai receber 2 ou 3 informações por dia das principais realizações do governo pelo WhatsApp. Você pode compartilhar, bota no grupo da família, desmente aquela fake news que às vezes você está enxergando”, explicou o ministro
Já o ComunicaBR tem o objetivo de facilitar o acesso a dados de programas federais por cidade e eixos temáticos. O portal apresenta cards informativos, relatórios e panfletos.
“Você vai ter todas as informações sobre todas as realizações, sobre cada centavo do dinheiro do Governo Federal na sua cidade. Quantos médicos têm no Mais Médicos, quantos alunos têm no Prouni, quanto de recurso foi pra complementar o salário da enfermagem. Você clica em cima da informação e ela gera um card. E você pode mandar esse card pelo WhatsApp ou para a rede que você quiser. Então tem que ter informação, não caia em fake news. Essa é uma prova concreta de transparência e responsabilidade do nosso governo com a informação”, afirmou Paulo Pimenta.
Por / EBC