Primeiro grande debate do Fórum Democrático da AL discutirá Transição Ecológica e seu Financiamento

Por Redação Gazeta Gaúcha/

Portal/ GZ1.com.br/ Porto Alegre RS/

Foto: Fernando Gomes

 

Com o lema “Pacto RS 25, o Crescimento Sustentável é Agora”, o Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional (FDDR) da Assembleia Legislativa do RS realiza nesta segunda-feira, 28, o seu primeiro grande debate. O encontro acontece a partir das 13h30 no Salão Nobre da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). O tema é A Transição Ecológica e seu Financiamento, com mediação da jornalista Rosane de Oliveira. 

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pepe Vargas (PT) abre os trabalhos que contam com a presença de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social); do governador Eduardo Leite; do presidente do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e ex-governador do RS, Ranolfo Vieira Júnior; de Márcia Barbosa, reitora da UFRGS; Ana Rovedder, professora da UFSM e Coordenadora da Rede Sul de Restauração Ecológica; Carlos Henrique Horn, professor de Economia da UFRGS e ex- presidente do BRDE. Antes do evento, Pepe Vargas oferece a Mercadante almoço com lideranças políticas, empresariais e sindicais do estado. Será no Salão Júlio de Castilhos da AL.

“O Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional (FDDR) é um espaço institucional da ALRS, que propicia o diálogo do Legislativo com a sociedade. Instituído em 1999, o FDDR tem um conselho deliberativo formado por entidades da sociedade civil organizada, universidades e órgãos públicos, que escolhe um tema central a ser debatido ao longo do ano. Ao final, apresenta propostas para os executivos estadual e federal e também matérias legislativas”, explica o presidente Pepe Vargas.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, apresenta as políticas do Governo Federal, com ênfase no Plano de Transformação Ecológica e nos mecanismos de financiamento para a transição ecológica, que tem como principais eixos Finanças sustentáveis, Adensamento tecnológico, Bioeconomia, Transição energética, Economia circular e Nova infraestrutura. Já Ranolfo Vieira Júnior, presidente do BRDE, traz o aspecto financeiro da transição no contexto do RS.

Entre os comentaristas, a reitora da UFRGS, Márcia Barbosa, aborda o papel da universidade e da pesquisa científica no enfrentamento à crise climática e a professora Ana Rovedder comenta estas reflexões sob os paradigmas da ecologia. Já o professor Carlos Henrique Horn fará uma reflexão sobre a dinâmica recente da economia gaúcha à luz das perspectivas da transição.

A retomada do crescimento econômico do RS passa pela adoção de um novo modelo de desenvolvimento, baseado na sustentabilidade. Enfrentar a crise climática depende de uma construção coletiva que envolva todos os atores da sociedade, de forma a avançar na direção de uma transição ecológica justa.

As diretrizes para o desenvolvimento sustentável serão definidas a partir de quatro grandes debates, realizados na capital, que terão como base os eixos temáticos:

1. Transição ecológica e seu financiamento;
2. Sustentabilidade na indústria, no comércio e nos serviços;
3. Sustentabilidade na agricultura e pecuária, e
4. Desigualdades regionais e sociais.

A seguir, os debates continuarão em nove encontros no interior do estado, de forma a discutir os temas delimitados pelos eixos nas especificidades das regiões do Rio Grande do Sul. Ao longo de todo o processo, a população também terá voz nas discussões através de uma plataforma digital participativa.

Coletiva de imprensa e ingressos
O presidente da Assembleia acompanhado pelo presidente do BNDES e pelo governador do estado conversam com imprensa no local a partir das 13h45. O evento terá abertura com apresentação cultural do Grupo de Choro da Orquestra Villa-Lobos. O encontro será aberto e gratuito, porém o público deverá retirar sua entrada pela plataforma Sympla. O evento terá transmissão ao vivo pela TV AL, pelo canal da TV AL no YouTube e pela página da AL no Facebook.

SERVIÇO:

• O QUÊ: Primeiro Grande Debate do Fórum Democrático da ALRS – Transição Ecológica e seu Financiamento
• QUANDO: 28 de abril de 2025, a partir das 13h30
• ONDE: Salão Nobre da UFCSPA – Porto Alegre, Rua Sarmento Leite, 245.
• COM: Aloizio Mercadante, Eduardo Leite, Ranolfo Vieira Júnior, Pepe Vargas, Márcia Barbosa, Ana Rovedder, Carlos Horn
• COLETIVA: saguão da UFCSPA as 13h45
  
• INGRESSOS GRATUITOS pela plataforma Sympla
  https://www.sympla.com.br/evento/grandes-debates—transicao-ecologica/2916367
• Acompanhe ao vivo pela TV AL e canal da TV AL no YouTube.

Saiba Mais

Ana Paula Rovedder é engenheira florestal, Dra. em Ciência do Solo, Prof. Associada da Universidade Federal de Santa Maria. É bolsista de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora do CNPq. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas (NEPRADE). Coordenadora da Rede Sul de Restauração Ecológica, integrante da Coalizão pelo Pampa, assessora técnica do Programa de Ações Territoriais para conservação de espécies ameaçadas de extinção. É membro do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do Plano Rio Grande. Prêmio Ana Primavesi de destaque na Ciência, 2024. Desenvolve pesquisa e extensão em restauração ecológica, restauração produtiva, relação solo-floresta e invasão biológica, em ecossistemas campestres e florestais, nos biomas Pampa e Mata Atlântica.

Carlos Henrique Horn é economista, doutor pela London School of Economics and Political Science (LSE) e professor titular do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), e diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS.

Márcia Barbosa é defensora da ciência brasileira e de uma maior inclusão das mulheres nas ciências, em especial as Exatas. Lamenta a perda de profissionais brasileiros para universidades estrangeiras por não terem condições de fazer ciência no Brasil. Ingressou no curso de física da UFRGS, onde notou ser minoria: dos 80 alunos e somente 8 eram mulheres e na formatura, Márcia foi a única mulher. Participou dos movimentos estudantis, pedindo por democracia e o fim da ditadura ainda na graduação. Seguiu para a pós-graduação, onde foi orientada por Walter K. Theumann tanto no mestrado quanto no doutorado e fez três estágios de pós-doutorado na UFRGS, na Universidade de Maryland e na Universidade de Boston.

* Com informações de Erenice de Oliveira, da assessoria do Fórum Democrático