Transportes de autoridades do G20 é feita por meio de veículos híbridos
Apenas veículos híbridos e flex serão utilizados no transporte das delegações oficiais que participarão dos eventos do G20 Brasil ao longo do ano. O Ministério das Relações Exteriores (MRE), fechou um acordo de cooperação com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) para disponibilizar os veículos nas reuniões do G20 durante a presidência brasileira do Grupo.
A iniciativa será lançada durante a reunião de chanceleres que acontece no Rio de Janeiro, nos dias 21 e 22 de fevereiro, e reforça a necessidade e importância do uso de fontes limpas de energia, como o etanol brasileiro, conhecido por reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa.
O evento do Rio contará com cerca de 80 veículos, movidos a etanol. Após a reunião, a frota seguirá para São Paulo, onde fará o transporte das delegações participantes da reunião de ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20, entre 26 e 29 de fevereiro.
A cooperação prevê a expansão da frota ao longo de 2024, de forma a aumentar o percentual de carros movidos exclusivamente a etanol e de veículos híbridos-flex (que também utilizam energia elétrica). O uso destes carros deve atingir seu ápice na Cúpula do G20, que reunirá os chefes de Estados e de Governo das maiores economias do planeta, nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
Prioridade brasileira
A promoção do desenvolvimento sustentável, justo e inclusivo é uma das prioridades da presidência do Brasil para o G20, país que tem a matriz energética mais renovável entre as maiores economias do mundo.
“O etanol é um produto 100% brasileiro. Enquanto o mundo ainda caminha para o desenvolvimento de ações para a mobilidade que reduzam as emissões de CO2, o Brasil tem pronto um biocombustível sustentável que é utilizado por sua população há décadas”, destacou o presidente da Unica, Evandro Gussi.
O Brasil produz e utiliza biocombustíveis há cerca de 40 anos, contribuindo de forma significativa para a redução das emissões do setor de transporte. Além disso, o país utiliza um dos maiores percentuais de etanol na composição de sua gasolina. Segundo estimativa da Agência Internacional de Energia, o mundo precisaria triplicar a oferta de biocombustíveis até 2030, a fim de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa no setor de transportes. Nesse sentido, a produção global teria que crescer, em média, 17% ao ano, pelos próximos seis anos.
A parceria entre o MRE e a Unica foi estabelecida no contexto da Aliança Global para Biocombustíveis, lançada à margem da última Cúpula do G20, em setembro de 2023, na Índia. A Aliança reúne 19 países e 12 organizações internacionais, com o objetivo de fomentar globalmente a produção sustentável e o uso de biocombustíveis. Seu lançamento contou com a participação de Brasil, Estados Unidos e Índia, os três principais produtores de etanol.
Por: Presidência Brasileira do G20