Ex-vice-presidente da Caixa é demitido por assédio moral e sexual
Por Redação Gazeta Gaúcha/ Brasília/
Foto: Marcelo Camargo/ Ag Brasil
As violações foram cometidas nos anos de 2021 e 2022.
Por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU) a Caixa Econômica Federal demitiu, por justa causa, um ex-dirigente após investigações comprovarem a prática de assédio moral e sexual. O funcionário de carreira do banco, Antônio Carlos Ferreira de Sousa, estava afastado do cargo desde julho de 2022, quando sugiram denúncias de assédio sexual e moral durante a presidência de Pedro Guimarães, que comandou o banco entre 2019 e 2022.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União da sexta-feira (22/11).
Os atos ocorreram nas Vice-Presidências de Estratégia e Pessoas (VIEPE) e de Logística e Operações (VILOP) da CEF e foram denunciados por meio do canal Contato Seguro da Caixa. As denúncias apontavam perseguições a empregados, destituições de funções sem justificativa e práticas reiteradas de assédio sexual.
Diante da gravidade das acusações e da relevância do cargo envolvido, a apuração foi conduzida pela Corregedoria-Geral da União, que confirmou a veracidade dos relatos. De acordo com a investigação, o assédio moral se manifestava por meio de tratamento desrespeitoso, humilhações constantes, ameaças e constrangimento aos trabalhadores. Já o assédio sexual incluía condutas como elogios inadequados, insinuações de cunho sexual e convites insistentes, gerando intimidação e desconforto às vítimas.
A decisão da CGU reforça o compromisso com a criação de um ambiente de trabalho respeitoso e a adoção de medidas firmes contra condutas abusivas. O caso destaca a importância de canais de denúncia e de investigações rigorosas para combater práticas incompatíveis com os valores institucionais.
Histórico
Em junho de 2022, surgiram denúncias em série de casos de assédio sexual e moral durante a gestão de Pedro Guimarães na Caixa. Imediatamente após a divulgação dos relatos, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho passaram a investigar os casos. Além do então presidente, vice-presidentes e diretores foram acusados.
Guimarães pediu demissão no dia seguinte à publicação das denúncias, e outros vice-presidentes do banco renunciaram em seguida.